23.7.06

Teaser

O que tem de mais no Ossip?

19.7.06

Sobre pijamas e pantufas


Todos os pijamas que ganhei na minha vida vieram, não raramente, dos meus avós – que Deus os tenha – e de alguma tia pouco informada sobre as preferências de um garoto que vê uma vez por ano, quase sempre no Natal ou em algum velório de parente – que Deus os tenha também. Não sei quem instituiu isso mas a maioria dos poucos pijamas que conheço é insossa. Na verdade pode ser de qualquer cor mas os tons são geralmente clarinhos, lembrando roupas de hospital, fraldas pediátricas, azulejo verde, doença, etc.

Definitivamente não gosto de pijamas. Nem de usar nem de ver alguém usando. Principalmente quando este alguém tem a intenção de despertar algum desejo sexual. Realiza: o cara chega em casa depois de bater dois sacos de amendoim ali na Lima e Silva, sendo que no buffet do meio-dia a porção de ovos de codorna foi demasiada generosa, depois de alguns dias sem “dar umazinha”, apaixonado que é pela mulher e o que acontece? A desgraçada te espera de pijama. E o que é pior: de pantufas de monstrinho.

Voltemos no tempo: quando o cara é piá, uma das atividades preferidas na fase das descobertas sexuais é afanar umas revistinhas pornográficas na banca da esquina, de preferência no meio de algum exemplar do Homem-Aranha ou Spawn. Quando tu vai pagar nem larga a revista que é pra não dar bandeira. O jornaleiro te olha com um sorriso maroto e anota no caderninho pra cobrar do teu velho depois. O conteúdo dessas revistinhas é zero, bem como de qualquer filme pornô que se preze. Afinal de contas, estamos aqui pra foder ou pra conversar? Foder, claro. E sem pijamas.

Depois dessa fase – ou junto com ela – veio a Sexta Sexy, ou Cine Privê, para os mais novatos. Filmes ruins, atores pior ainda. Mas tinha o que interessava: sexo. Seres do espaço traçando garçonetes gostosas de beira de estrada, motoqueiros traçando caroneiras em cima da moto – EM MOVIMENTO, donos de puteiros traçando candidatas a atriz dentro de um almoxarifado, libertinagem tosca e suprema da bronha parceira. Seja lá onde for, sem pijamas.

Vá olhar a Playboy. Sexy. Vip. Alguma mulher aparece de pijama azul calcinha e pantufa do Mickey nas fotos? Se alguém aí encontrar pode me mandar, por favor. Não, melhor: não me manda. Não quero ver uma coisa dessas.

A moral é: em nenhum momento da formação do intelecto sexual aparece uma Jessica Alba da vida de pijama e pantufa. Tá, ela é baita gostosa, mas de pijaminha completo, com direito a camiseta de manga comprida com gola VÊ, não rola. Desculpa, Jéssica, mas não vai rolar. Tudo bem, você ganhou da sua vózinha querida, de 76 anos, tudo bem, eu entendo.

Quando tu estiver em casa, doente, com 40 graus de febre e tossindo catarro, aí sim pode usar. Mas devidamente coberta por um lençol, que é pra não causar má impressão.

14.7.06

I´ll be back

Depois de quase um mês jogado às traças, depois de atiçar a indignação dos meus seis leitores (beijo, mãe!), depois do fracasso da seleção brasileira de marketeiros (o que eu havia previsto uns três posts abaixo), depois de dar adeus à Fabico (é claro, passando por um completo surto psicótico para realizar a monografia em pouco mais de duas semanas), depois de tudo isso e mais um pouco, voltamos.

Voltamos em um dia de chuva onde o trânsito de Porto Alegre se mostra irremediavelmente caótico. É só cair uma meia dúzia de volumes pluviométricos que alaga tudo, as pessoas começam a dirigir desnorteadas, a coisa fica realmente feia. Sugestão: não saia de casa quando chover. Como eu não tenho esta opção e preciso continuar escrevendo frases perniciosas para vender sabão em pó, fechaduras, chinelos e agora absorventes, eu tenho que respirar fundo e pensar em maçãs de plástico para não corporificar todo o stress causado pelo trânsito molhado e nervoso de Porto Alegre.

Um oferecimento do chato Leo Mereu, agora em versão bacharel.