Faltando pouco mais de uma semana para as eleições é inevitável, mesmo para alguém que gostaria de explodir o Congresso Nacional, fazer um balanço não das ações realizadas pela corja de políticos que está no poder, mas dos resultados que a efetivação das mesmas – ou não – têm diante nossos olhos de cidadãos brasileiros.
Nos últimos tempos tenho observado um aumento CRESCENTE de miseráveis. Refiro-me, em especial, àquelas pessoas de rostos marcados e olhares tristes que atravessam a frente do carro em praticamente todas as sinaleiras, àqueles garotos que fumam, cheiram cola e pedem dinheiro nas esquinas ao invés de jogarem futebol. E, também, àqueles senhores que respeitosamente abordam os transeuntes da Rua da Praia a fim de descolar alguns trocados para almoçar. Não há esquina pela qual eu passe sem me deparar com esse nebuloso retrato da situação do país.
Pode parecer clichê, e de fato o é, divagar sobre a miséria do Brasil. Mas ao acompanhar os inflamados discursos em prol da mudança que são bradados aos quatro ventos pela grande maioria dos candidatos, sinto-me na obrigação de mandar um recado: VÃO SE FUDER.
Duvido que alguém esteja REALMENTE preocupado com o prato vazio de uma família de dez pessoas que mora na Vila Farrapos. Ou em qualquer lugar. Nossos representantes desfilam suas imunidades parlamentares adornadas por caros ternos italianos, em carros importados guiados por motoristas que nem ouvem nem vêem nada do que acontece à sua volta. Estão mais preocupados em garantir seus quinze salários astronômicos, seus benefícios exorbitantes, seus bens materiais proibitivos à maioria da população. Duvido que, em meio a uma humilde viagem de férias ao Caribe, algum destes RATOS pensem na verdadeira situação diária de miséria que a maioria dos brasileiros se encontra atualmente.
A pergunta que não quer calar é: em quem devo votar para evitar que essa MERDA continue? A resposta eu não sei. Gostaria de saber mas, pessoalmente, conheço apenas um político, e ele nem é candidato nestas eleições. Escolher o menos pior, na minha opinião, é tentar ser o menos pior possível. E isso não me serve. Se te serve, vai lá. Votarei nulo e plenamente consciente do que estou fazendo. Não estou sendo omisso tampouco fugindo do meu “dever de cidadão”. Não considero o voto a ação máxima de cidadania que alguém possa exercer. Isso é hipocrisia. Pura demagogia dos conformistas infectados pela mediocridade midiática que polui rádios, TV e jornais todos os dias, dia após dia.
Que tal se o povo fosse às ruas reivindicar por seus direitos? Que tal se nós simplesmente disséssemos não aos impostos abusivos? Que tal se não mais consumíssemos a política enlatada e podre enviada às toneladas para todos os cantos do país?
Talvez seja utopia mas eu farei a minha parte, dizendo não para essa esmola que se chama voto. A não ser que algum político me convença pessoalmente de que é um bom profissional, mostrando-me seu portfolio de boas ações realizadas em prol do bem-estar público. Por enquanto, está tudo mundo DEMITIDO.
6 comentários:
Tchê, sou signatário dessa nossa campanha pelo voto consciente da nulidade e contra a lavegem cerebral que tenta incutir a vergonha em quem quer de fato fazer valer sua opinião.
Excelente texto.
Abração!
dá-lhe roberto justos! adorei! tu é bom pra caralho. beijo!
Vota na Cicciolina, gafanhoto ....
Se eu fro escrever ou discutir sobre isso, dariam páginas a páginas ou apenas uma frase. Mas me abstenho de escrevê-la aqui porque geraria muita polêmica e tem dias que eu preciso de PAZ. Sei que desde que eu entendi o que é "política, eleição e afins", convivo com a certeza de que nem um bom homem conseguirá chegar a excelência que o país precisa, pq um bom homem (ou mau) não faz tudo sozinho. (Quem dera se um presidente tivesse a força de um Deus, mesmo que muita gente não acredite Nele.)
PS - aquela com peitus fartus et saborosus ...
e sabe o que é pior? isso não vai parar...
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