São duas horas da manhã
A rua, outrora repleta de vozes e faróis
Agora é escura, estranha metamorfose
Me debato entre folhas de hortelã
A sua porta está fechada
E o meu bafo denuncia a boemia
Sem destino, sem carinho e sem alerta
Sigo em frente pra escapar da minha própria fantasia
Uma, duas, três, quatorze tentativas
As garrafas acumulam ao pé da minha luz
Insana letargia, prosaicos versos soltos
São seis horas da manhã
E o sol já tange a terra
E essas horas de espera
A ilusão de ver teus olhos
Uma vez, só mais uma vez
Acalma o coração enquanto meu corpo se desespera
Finalmente, às oito da manhã
Cansados dos meus brados, os vizinhos se reúnem
Turba louca, quem são os normais?
Tudo acaba quando chegam os gambés
E eu vejo, da janela da viatura
Teus olhos, mais uma vez
Pela última vez.
6 comentários:
bonito, achei.
hahahahahahahahahah.
hm, dèja-vú.
tu foi preso?
e pelo deja-vú do Celso, os olhos que tu viu eram dele?
ãi...
opa!
essa é a história
de um amigo meu.
sim, é verdade,
apenas um amigo do mereu.
hahahahahahahahahaha
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