5.6.07

A Espiral da Informação (ou o Cubo do Fuxico)

Suponhamos que eu tenha uma informação, uma das grandes. Reúno seis pessoas e dou o mesmo recado para todas. Depois, chamo cada uma delas e adiciono uma pequena informação àquela que transmiti para todos, só que diferentes entre si. O que acontecerá quando estas seis pessoas começarem a trocar figurinhas umas com as outras?

A e B se juntam, cada um com a informação principal e mais aquela que cada um recebeu separadamente de mim. Não só a emissão da mensagem será afetada por isso como também a interpretação (recepção) de cada um. Neste primeiro caso teremos:

- duas informações iniciais (resultantes da soma da principal com aquilo que eu acrescentei a cada um separadamente);

- duas interpretações diferentes (baseadas nas informações-extra de cada um);

- um consenso entre as duas partes (por mais incerto que ele seja para cada um).

Dando seguimento, agora junte C com D. Faça o mesmo juntando E com F. Vá somando as informações, as interpretações e os consensos. Depois cruza A com C, B com E, D com F. E assim sucessivamente, até que todos tenham se falado e trocado informações, gerando novas interpretações, novas interpretações e diversos consensos diferentes.

Assim, aquela informação inicial e todas as outras que eu passei separadamente deixam de existir, para dar lugar aos resultados das somas das mutações entre informações e interpretações geradas pelos cruzamentos entre todos os elementos do grupo de seis pessoas.

Onde eu quero chegar com isso?

Simples, pense bem no que e como você fala antes de sair falando por aí. Daqui a pouco a tua vida vira um enorme telefone sem fio e tu nem vai saber de onde veio aquela Kombi cheia de mascarados que te seqüestram e te jogam dentro de um saco preto na Lagoa dos Patos.

4 comentários:

LoucodeCara disse...

hehehehe. Demorei pra acompanhar o raciocícinio, mas concordei com a conclusão.
abração!

Anônimo disse...

Leo, você me deixou confusa!
Mas compreendo e concordo: se nem tudo o que falamos corresponde àquilo que pensamos, imagina se aquilo que falamos corresponderá àquilo que o outro escuta... e entende!
Acho que a comunicação é uma dom quase em mãos erradas... haja evolução para sincronizar o que é pensado com o que é dito com o que é escutado e entendido.
Mas vamos lá, em busca da clareza do pensamento e das palavras.
Beijo grande, na tua próxima vinda à SP, boteco sem falta! Prometo!

Anônimo disse...

cadê meu comentário, sua bixona?
braço.

leomereu disse...

tu tem que digitar um código de confirmação. aqui não tem moderação de comentários, tudo liberado.