
passei tanto tempo
pensando em ter uma guitarra
pra fluir um sentimento
que fosse mais que simples farra
toquei músicas de outrem
fiz dançar ao som legal
e em bailes de ninguém
me sentia mar sem sal
e um dia me surgiu
sem avisar nem planejar
e ganhou meu coração
que num instante pensei fosse rebentar
e a incerteza diluiu
mandei às favas o bailão
para viver com minha guitarra
uma vida sem ilusão
pés no chão e acordes limpos
cabeça nas nuvens e distorção
sustenta este plácido timbre
vivendo o bom de não ser bicão.
Um comentário:
Que rico texto!
Acho que tu faz muito bem... Ter que tocar “a manga rosa” só pra dizer que toca? Às vezes não é o bastante.
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