29.2.08

Quase lá

O dia está chegando. Semana que vem tem IRON MAIDEN no (chiqueirinho) Gigantinho.
Ingresso na mão, camiseta da banda limpa e passada, munhequeiras em cima da mesa, anéis de caveira nos dedos. Tudo pronto para uma (muito possível) noite memorável de puro metal melódico e headbanging.

Vou confessar que me arrependi de não ter comprado mais ingressos. Hoje, poderia vender cada um por R$ 300 que neguinho ia sair feliz da vida. Mas enfim, faltou o tino cambista ao guerreiro.

De mais a mais, resolvi tentear uma incursão ao camarim da banda através de uma promoção da MTV, que premiará as 3 melhores fotomontagens com a sua fuça metida em alguma imagem da banda. Não preciso nem dizer que eu fiz uma.



Valeu, Celso.

12.2.08

Obrigado por não usar

“A vida sempre existiu. Se não nela, sempre através dela. Desejos atendidos, vontades saciadas, tudo em um indo e vindo leva e trás de quem pode mais e de quem pode menos. A vida vai sempre existir. Seja para levar ou para trazer. Para limpar ou satisfazer. Ela vem e ela vai e sempre estará ali. Nós, feitos de um tanto de carne sobre um amontoado de ossos, logo vamos. Deitamos. Levantamos. E tornamos a deitar. E ela vai sempre existir. E no dia em que o mundo for dominado por baratas e todo o resto deixar de existir, estas últimas sobreviventes já terão, pelo menos, algo para se divertir. Aquela que existirá mesmo quando não mais houver vida. E a primeira, a que nunca deixou de existir. A única e primeira SACOLA DE PLÁSTICO.”



Uma sacola plástica demora mais de 300 anos para se decompor. Isso significa que aquela sacola que você pegou hoje ainda vai passar pelo seu filho, e pelo filho dele, e pelo filho dele, e pelo filho dele, e pelo filho dele. E é impressionante ver a falta de noção das pessoas em padarias, mercadinhos, lojinhas e outros estabelecimentos. Eles te dão sacola até para guardar chicletes. O que você pode fazer? Não aceitar. Leve na mão (claro, se tu estiver em um supermercado, cheio de compras, não tem como não carregá-las em sacolas). Mas, dentro do possível, recuse.

Por mais besta que isso possa parecer, você estará fazendo a sua parte pelo mundo.

11.2.08

Gosto

gosto de olhar o mar
e contemplar o que não se pode ver
longe de tudo que me faz pensar
que não vale a pena viver

gosto de sentir o ar
correndo livre entre as mãos
fugindo de todos que fazem acreditar
que não existe pro mundo salvação

gosto de sair ao luar
sem ter pra onde ir
andar livre sem pensar
em outra coisa senão me divertir

gosto de ouvir a música tocar
ou escrever uma canção assim:
"o que mais quero é acreditar
que você foi feita para mim"

gosto de simplesmente ser
aquele que te faz pensar
que é muito bom viver
e melhor ainda é amar.

Yellow

Acordei no exato momento em que ela dizia algo a respeito do que sentia por mim. Seus olhos eram de um amarelo profundo, brilhante como uma pepita de ouro, olhando pra mim com desejo. Seu corpo era delineado como uma folha de dicotiledônea, adornado pelo vestido cor-de-uva que deslizava inconsequente sobre a sua pele amanteigada. Um pouco antes, havia pego um barco para atravessar o canal. Minha irmã me esperava do outro lado, segurando minha mochila com o notebook. Chovia e era preciso calma para remar com segurança em direção ao porto. Depois de pegar a mochila, desci rapidamente o canal para não perder mais tempo com aquela maldita chuva. De repente, a chuva parou e algo que julguei ser o sol começou a brilha por detrás das árvores que acompanhavam a linha do canal. Não era. Era apenas ela, com seus olhos amarelos e lindos, que me chamava. Joguei a mochila na àgua e pulei para a margem, deixando que o barco seguisse seu rumo sozinho. Machuquei a perna.
O sangue começou a escorrer e a dor atingiu a parte de trás da minha cabeça, como uma agulha desinibida. Foi quando ela chegou perto de mim, com seu vestido cor-de-uva, e segurou meu queixo enquanto olhava fundo nos meus olhos.

Acordei sem fazer idéia do significado disso. Fiquei um tempo deitado na cama, tentando entender o que havia acontecido. Quem era ela? Onde eu estava? Porque um barco? E a mochila? Sem chegar à nenhuma conclusão plausível, resolvi atirar-me para fora da cama. Foi quando vi a poça de sangue no lençol.

8.2.08

Everybody must get stoned

Ok. Pode parecer que eu larguei de mão o ESTALO (e já recebi e-mails de alguns da meia-dúzia de gatos pingados que costumam passar por aqui), mas a real é que tirei férias. Férias? Sim, férias. Depois de 4 longos anos, uma formatura e uma dezena de empregos, finalmente consegui parar por mais de um feriadão e dar férias para os meus pés, mãos, cabeça, ouvidos etc.

Fiquei nada menos que 17 dias na praia. Durante este tempo, não fiz muita coisa além de dormir, comer e beber na beira da praia, jogar futebol na areia, pegar jacaré, dormir, comer, soltar o corvo, dormir...

A tranquilidade de uma praia pequena e com pouco movimento permite o distanciamento do cotidiano e uma consequente reflexão acerca de tudo que geralmente nos rodeia. Planos, fugas, desejos, frustrações, tudo vem à tona em um turbilhão de pensamentos. A grande vantagem é poder parar e pensar: não quero mais pensar. Agora vou tomar um banho de mar.

Em breve, novas histórias.
Por enquanto, registros do paraíso.